domingo, 30 de março de 2014

GEANE e KLEBER: Mais uma conquista empresarial

Final de semana repleto de boas notícias.
Minha cliente, a empresária Geane e seu esposo, bateram a meta Amway e agora são PLATINA.
Isso é o resultado de muito trabalho, de uma excelente liderança e do investimento coaching que fizeram.
Parabéns!

IVANA & CLAYTON: Conquista empresarial após investimento no Coaching

Recebi uma mensagem este fim de semana que me alegrou muito. Minha cliente - meu desafio coaching - como ela se intitula, a empresária Ivana, juntamente com seu esposo, o empresário Clayton, meu cliente também, bateram a meta PRATA na Amway.
Acreditaram no processo coaching, investiram em si e estão colhendo os frutos dia após dia, na vida pessoal e profissional.
Parabéns pelas conquistas, pois é fruto da crença, dedicação e AÇÃO.

sábado, 29 de março de 2014

A DROGA do Comportamento

Ontem, dia 28/03/2014, estive na reunião do Amor Exigente, trabalhando o tema VALOR com os familiares dos dependentes químicos em tratamento.

Cada reunião, cada encontro com cliente, cada conversa, filtro as histórias que escuto e faço várias reflexões sobre o tema. Ontem não foi diferente e queria poder escrever algo que pudesse ajudar as famílias que estão passando pelo processo da drogadição.

 As drogas estão assolando o mundo, dominando as sociedades e destruindo famílias.
Quando nossos filhos são pequenos imaginamos que a droga nunca atingirá nossa casa.
De repente, nossos filhos crescem e começam a fazer escolhas, se envolver com novos grupos sociais e descobrimos que o "controle saiu das nossas mãos". Eles passam a fazer escolhas, tomam decisões e - "decisões causam destinos".

Alguns filhos tomam decisões focadas em seu crescimento pessoal, profissional e emocional. Outros, inundados de incertezas, de medos, com emoções conturbadas, sem clareza de quem são, para onde querem ir, baixíssimo nível de autoestima, optam pela busca do prazer imediato, da conquista do prazer sem esforço, sem construção, sem elaboração, sem maturação, o simples prazer pelo prazer, uma típica fuga da realidade, das suas emoções, e, às vezes, simplesmente movidos pela curiosidade por estar uma pessoa ociosa.

 Pais muito atentos, descobrem rapidamente que seu filho está usando droga. Pais demasiadamente focados em outras coisas, demoram para descobrir, e, muitas vezes, descobrem o uso do filho quando este já "está" um dependente químico.

BUM!!! Neste momento "a casa cai", porque se imagina que isso será vivido pelos outros, não por você, na sua casa, na sua família.

De quem é a culpa? O que fazer agora? Isso será passageiro? É só curiosidade? Será que ele já está dependente? Com quem ele está envolvido? Que tipo de droga está usando? Onde usa? Quando usa? Por que  um "menino" que tem tudo, usaria droga?  Por que não percebi isso antes? Onde falhei?

O pânico toma conta, a ansiedade, a pressa em solucionar algo que foi se instalando gradativamente. Naquele momento queremos arrancar aquele mal de uma vez para se afastar da dor, da culpa, da preocupação, do MEDO de onde aquilo tudo pode chegar.

MEDO, MEDO, MEDO - um sentimento daninho. "Medo que dá medo do medo que dá".(Lenini)

A CODEPENDÊNCIA se instala e os pais passam "a não ter mais vida própria". Vivem 24 horas em função do ente querido, agora usuário. Acompanhando cada passo, fiscalizando roupas, material escolar, redes sociais, para se obter o máximo de informação sobre o que está acontecendo com seu filho.

Você passa a se dar conta que convive com um estranho, ausente, desconectado da família, alienado e inconsequente. Você se pergunta: -  Quem é meu filho? Você passa a cobrar condutas, comportamentos, respostas, e quando maior for sua "marcação", mas distante ele se tornará. Está DESCONECTADO. Para ele pouco importa o sofrimento que aquilo está gerando para a família.

A mãe adoece e passa a viver a base de calmantes, o pai se afunda no trabalho ou em outra atividade para não pensar sobre aquele problema. Deixam de se alimentar adequadamente, de dormir, de ter vida social, deixam de fazer amor, de se relacionar harmoniosamente, porque alguém tem que ser o "culpado" daquela situação.  Abandonam emocionalmente os outros filhos e não se dão conta de nada disso.O CAOS da CODEPENDÊNCIA  se instala, e, em muitos casos, divórcios acontecem neste momento tempestuoso.

A mente desses pais se torna um turbilhão de pensamentos angustiantes, de dia e de noite. Não cabe mais nada, só o imenso desejo de passar a borracha nesta fase da vida, neste evento e pular para o capítulo seguinte, onde "eles viveram felizes para sempre".

Como a vida não é conto de fadas, o capítulo do "viveram felizes para sempre" é precedido de muito trabalho, dedicação, resgate de vida, de buscas para tratar o usuário e os familiares codependentes. Médicos, psicológos, terapeutas, religião, grupos de apoio, reuniões do Amor Exigente, conhecimento, auto conhecimento, Coaching etc

É importante neste momento respirar fundo e entender o seguinte: para chegar neste ponto houve uma construção que não foi de um dia. Para desconstruir tudo isso levará um tempo. Para construir de novo, outro tempo. Paciência se faz necessária. A dor passará, pois "não existe bem que sempre dure, ou mal que nunca acabe", já dizia minha saudosa e sábia mãe, mas, para tanto, entre em AÇÃO, para que tenha resultado. Sem Ação não existe Resultado.

Em breve, escreverei outro texto com dicas para o resgate do controle emocional, o que te empoderará para retomar o controle de suas emoções em um momento caótico como este. Até lá lembre-se: "A UNIÃO FAZ A FORÇA". Aguardem!

TUDO QUE VICIA COMEÇA COM "C"

TUDO QUE VICIA COMEÇA COM "C"


Por alguma razão que ainda desconheço, minha mente foi tomada por uma ideia um tanto sinistra: vícios...
Refleti sobre todos os vícios que corrompem a humanidade. Pensei,pensei e,de repente, um insight: tudo que vicia começa com a letra C!
De drogas leves a pesadas, bebidas, comidas ou diversões, percebi que todo vício curiosamente iniciava com cê. Inicialmente, lembrei do cigarro que causa mais dependência que muita droga pesada. Cigarro vicia e começa com a letra c. Depois, lembrei das drogas pesadas: cocaína, crack e maconha. Vale lembrar que maconha é apenas o apelido da cannabis sativa que também começa com cê.
Entre as bebidas super populares há a cachaça, a cerveja e o café. Os gaúchos até abrem mão do vício matinal do café,mas não deixam de tomar seu chimarrão que também - adivinha ? - começa com a letra c.
Refletindo sobre este padrão, cheguei à resposta da questão que por anos atormentou minha vida: por que a Coca-Cola vicia e a Pepsi não? Tendo fórmulas e sabores praticamente idênticos, deveria haver alguma explicação para este fenômeno. Naquele dia, meu insight finalmente revelara a resposta. É que a Coca tem dois cês no nome enquanto a Pepsi não tem nenhum. Impressionante, hein?
E o computador e o chocolate? Estes dispensam comentários. Os vícios alimentares conhecemos aos montes,principalmente daqueles alimentos carregados com sal e açúcar. Sal é cloreto de sódio. E o açúcar que vicia é aquele extraído da cana.
Algumas músicas também causam dependência. Recentemente, testemunhei a popularização de uma droga musical chamada "créeeeeeu". Ficou todo o mundo viciadinho, principalmente quando o ritmo atingia a velocidade? cinco.
Nesta altura, você pode estar pensando: sexo vicia e não começa com a letra C. Pois você está redondamente enganado. Sexo não tem esta qualidade porque denota simplesmente a conformação orgânica que permite distinguir o homem da mulher. O que vicia é o ato sexual e este é denominado coito.

Pois é. Coincidências ou não, tudo que vicia começa com cê. Mas atenção: nem tudo que começa com cê vicia. Se fosse assim,estaríamos salvos pois a humanidade seria viciada em Cultura.


quinta-feira, 27 de março de 2014

Mente e Coração - Sentimento

100% das nossas emoções são precedidas de um pensamento. Pense em coisas boas e boas emoções serão geradas. Isto é decisão e só depende de você.



segunda-feira, 24 de março de 2014

Iraila - um talento natural espanhol, colhido precocemente vítima de um câncer

Iraila, menina com 11 anos de idade, dotada de uma belíssima voz, parte neste mês, vítima de um câncer. Ela foi uma das candidatas que se destacou no THE VOICE KIDS, da Espanha, e emocionou o público com sua apresentação.


http://lomejorderisto.blogspot.com/2014/02/iraila-la-voz-kids-audiciones-ciegas.html?m=1

sexta-feira, 21 de março de 2014

Eu quero, Eu posso, Eu vou


Em uma viagem à Natal, deparei-me com esta imagem. Mais que depressa, pedi autorização para fotografar, porque queria compartilhar com vocês essa mensagem, que é o que acredito para a vida.






Veja também mais notícias em minha  :
https://www.facebook.com/carla.b.coaching

sábado, 1 de março de 2014

A Pipoca - Rubens Alves

A PIPOCA
A culinária me fascina. De vez em quando eu até me até atrevo a cozinhar. Mas o fato é que sou mais competente com as palavras que com as panelas. Por isso tenho mais escrito sobre comidas que cozinhado. Dedico-mo a algo que poderia ter o nome de "culinária literária". Já escrevi sobre as mais variadas entidades do mundo da cozinha: cebolas, ora-pro-nobis, picadinho de carne com tomate feijão e arroz, bacalhoada, suflês, sopas, churrascos. Cheguei mesmo a dedicar metade de um livro poético-filosófico a uma meditação sobre o filme A festa de Babette, que é uma celebração da comida como ritual de feitiçaria. Sabedor das minhas limitações e competências, nunca escrevi como chef. Escrevi como filósofo, poeta, psicanalista e teólogo - porque a culinária estimula todas essas funções do pensamento.
As comidas, para mim, são entidades oníricas. Provocam a minha capacidade de sonhar. Nunca imaginei, entretanto, que chegaria um dia em que a pipoca iria me fazer sonhar. Pois foi precisamente isso que aconteceu. A pipoca, milho mirrado, grãos redondos e duros, me pareceu uma simples molecagem, brincadeira deliciosa, sem dimensões metafísicas ou psicanalíticas. Entretanto, dias atrás, conversando com uma paciente, ela mencionou a pipoca. E algo inesperado na minha mente aconteceu. Minhas idéias começaram a estourar como pipoca. Percebi, então, a relação metafórica entre a pipoca e o ato de pensar. Um bom pensamento nasce como uma pipoca que estoura, de forma inesperada e imprevisível. A pipoca se revelou a mim, então, como um extraordinário objeto poético. Poético porque, ao pensar nelas, as pipocas, meu pensamento se pôs a dar estouros e pulos como aqueles das pipocas dentro de uma panela.
Lembrei-me do sentido religioso da pipoca. A pipoca tem sentido religioso? Pois tem. Para os cristãos, religiosos são o pão e o vinho, que simbolizam o corpo e o sangue de Cristo, a mistura de vida e alegria (porque vida, só vida, sem alegria, não é vida...). Pão e vinho devem ser bebidos juntos. Vida e alegria devem existir juntas. Lembrei-me, então, de lição que aprendi com a Mãe Stella, sábia poderosa do candomblé baiano: que a pipoca é a comida sagrada do candomblé...
A pipoca é um milho mirrado, subdesenvolvido. Fosse eu agricultor ignorante, e se no meio dos meus milhos graúdos aparecessem aquelas espigas nanicas, eu ficaria bravo e trataria de me livrar delas. Pois o fato é que, sob o ponto de vista do tamanho, os milhos da pipoca não podem competir com os milhos normais. Não sei como isso aconteceu, mas o fato é que houve alguém que teve a idéia de debulhar as espigas e colocá-las numa panela sobre o fogo, esperando que assim os grãos amolecessem e pudessem ser comidos. Havendo fracassado a experiência com água, tentou a gordura. O que aconteceu, ninguém jamais poderia ter imaginado. Repentinamente os grãos começaram a estourar, saltavam da panela com uma enorme barulheira. Mas o extraordinário era o que acontecia com eles: os grãos duros quebra-dentes se transformavam em flores brancas e macias que até as crianças podiam comer. O estouro das pipocas se transformou, então, de uma simples operação culinária, em uma festa, brincadeira, molecagem, para os risos de todos, especialmente as crianças. É muito divertido ver o estouro das pipocas!
E o que é que isso tem a ver com o candomblé? É que a transformação do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande transformação porque devem passar os homens para que eles venham a ser o que devem ser. O milho da pipoca não é o que deve ser. Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro. O milho da pipoca somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer, pelo poder do fogo podemos, repentinamente, nos transformar em outra coisa - voltar a ser crianças!
Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo. Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca, para sempre. Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e dureza assombrosas. Só que elas não percebem. Acham que o seu jeito de ser é o melhor jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos. Dor. Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, ficar doente, perder um emprego, ficar pobre. Pode ser fogo de dentro. Pânico, medo, ansiedade, depressão - sofrimentos cujas causas ignoramos. Há sempre o recurso aos remédios. Apagar o fogo. Sem fogo o sofrimento diminui. E com isso a possibilidade da grande transformação.
Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, pense que sua hora chegou: vai morrer. De dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar destino diferente. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: pum! - e ela aparece como uma outra coisa, completamente diferente, que ela mesma nunca havia sonhado. É a lagarta rastejante e feia que surge do casulo como borboleta voante.
Na simbologia cristã o milagre do milho de pipoca está representado pela morte e ressurreição de Cristo: a ressurreição é o estouro do milho de pipoca. É preciso deixar de ser de um jeito para ser de outro. "Morre e transforma-te!" - dizia Goethe.
Em Minas, todo mundo sabe o que é piruá. Falando sobre os piruás com os paulistas descobri que eles ignoram o que seja. Alguns, inclusive, acharam que era gozação minha, que piruá é palavra inexistente. Cheguei a ser forçado a me valer do Aurélio para confirmar o meu conhecimento da língua. Piruá é o milho de pipoca que se recusa a estourar. Meu amigo William, extraordinário professor-pesquisador da Unicamp, especializou-se em milhos, e desvendou cientificamente o assombro do estouro da pipoca. Com certeza ele tem uma explicação científica para os piruás. Mas, no mundo da poesia as explicações científicas não valem. Por exemplo: em Minas "piruá" é o nome que se dá às mulheres que não conseguiram casar. Minha prima, passada dos quarenta, lamentava: "Fiquei piruá!" Mas acho que o poder metafórico dos piruás é muito maior. Piruás são aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. Ignoram o dito de Jesus: "Quem preservar a sua vida perde-la-á." A sua presunção e o seu medo são a dura casca do milho que não estoura. O destino delas é triste. Vão ficar duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca macia. Não vão dar alegria para ninguém. Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo a panela ficam os piruás que não servem para nada. Seu destino é o lixo.
Quanto às pipocas que estouraram, são adultos que voltaram a ser crianças e que sabem que a vida é uma grande brincadeira...
(Correio Popular, 29/08/1999)
Rubem Alves
·  Rubem Alves é um psicanalista, educador, teólogo e escritor brasileiro, é autor de livros e artigos abordando temas religiosos, educacionais e existenciais, além de uma série de livros infantis.
·  Nascimento15 de setembro de 1933 (80 anos), Boa Esperança, Minas Gerais